sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Karl Marx


Biografia


Karl Heinrich Marx nasceu em 5 de maio de 1818 em Trier, Renânia, província da Prússia. Vindo de uma família judaico-alemã. Estudou quando criança em sua cidade natal e ao concluir entrou para a universidade de Bonn, onde participou da luta política estudantil. Tempo depois se transferiu para a universidade de Berlim. No geral cursou Filosofia, História e Direito.
Foi um revolucionário, cientista social, que marcou a história política com suas idéias humanitárias. Idéias que buscaram promover uma distribuição de renda justa e equilibrada. Suas idéias influenciaram a chamada Revolução Socialista, movida pela metade da população mundial da época.


Karl Marx é muito conhecido por seus estudos sobre as causas sociais. Suas teorias começaram a declinar quanto à popularidade, especialmente após o colapso do regime Soviético, elas continuam sendo muito utilizadas hoje, em movimentos trabalhistas, práticas políticas, movimentos políticos. Karl Marx foi um dos principais criadores da Teoria do Marxismo, junto com Friederich Engels as duas principais descobertas de Marx, de acordo com Engels foram: a concepção de materialismo histórico e a teoria de mais valia. Marx morreu no dia 14 de março de 1883 em Londres. 

Ideias marxistas

O Marxismo é o conjunto de idéias filosóficas, econômicas, políticas e sociais, baseado na concepção materialista e dialética da História, interpreta a vida social conforme a dinâmica da base produtiva das sociedades e das lutas de classes daí conseqüentes.
Influenciou os mais diversos setores da atividade humana ao longo do século XX, desde a política e a prática sindical até a análise e interpretação de fatos sociais, morais, artísticos, históricos e econômicos. Também foi utilizado desvirtuadamente como base para as doutrinas oficiais utilizadas nos países socialistas, nas sociedades pós-revolucionárias.
O marxismo compreende o homem como um ser social histórico e que possui a capacidade de trabalhar e desenvolver a produtividade do trabalho, o que diferencia os homens dos outros animais e possibilita o progresso de sua emancipação da escassez da natureza, o que proporciona o desenvolvimento das potencialidades humanas.
Embora possamos tentar compreender e definir o ser humano pela consciência, pela linguagem e pela religião, segundo Marx o que realmente o caracteriza é a forma pela qual produz e reproduz suas condições de existência. Sendo fundamental, portanto, a análise das condições materiais dentro da sociedade.

Teoria marxista e a educação


A pedagogia, segundo a teoria tradicional da educação, tem a tarefa de adaptar a geração dos jovens às relações humanas vigentes na sociedade. No feudalismo, o destino do homem na sociedade vinha determinado não pela educação, mas pela sua origem. Cada homem recebia a educação que a sua posição exigia. A educação não era o fator que decidia a posição a ocupar na sociedade, era a situação que determinava. Marx acreditava que a educação era parte da superestrutura de controle usada pelas classes dominantes. Por isso, ao aceitar as idéias passadas pela escola à classe dos trabalhadores (que Marx denominava classe proletária) cria uma falsa consciência, que a impede de perceber os interesses de sua classe. Assim, Marx concebia uma educação socializada e igualitária a todos os cidadãos.
A educação, na sociedade capitalista é segundo Marx e Engels, um elemento de manutenção da hierarquia social. A igualdade política é algo meramente formal e não passa de uma ilusão visto que a desigualdade social é concreta e inequívoca. Atualmente a situação não parece ser muito diferente daquela vivida e descrita por eles.

No entanto, uma das possibilidades de viabilizar a superação das dicotomias existentes e da emancipação do ser humano reside na integração entre ensino e trabalho. A esta integração eles designam ensino politécnico ou formação omnilateral. Por meio desta educação omnilateral o ser humano desenvolve-se numa perspectiva abrangente isto é, em todos os sentidos. A integração entre ensino e trabalho constitui-se na maneira de sair da alienação crescente, reunificando o homem com a sociedade. Essa unidade, segundo Marx, deve dar-se desde a infância. O tripé básico da educação para todos é o ensino intelectual (cultura geral), desenvolvimento físico (ginástica e esporte) e aprendizado profissional polivalente (técnico e científico).

A Influência de Marx na Pedagogia Moderna


Antigamente, a educação existia principalmente para a sobrevivência. As crianças aprendiam as habilidades necessárias para viver. Gradualmente, entretanto, as pessoas passaram a usar a educação para uma grande variedade de funções.
Para Karl Marx, a educação é um objeto de pesquisa que está inserida numa sociedade com luta de classes. Marx não via com bons olhos uma educação oferecida pelo Estado-Nação burguês, capitalista, basicamente por desacreditar no
currículo que ela traria e na forma como seria ensinado. Mesmo que tenha defendido a educação compulsória em 1869, Marx opunha-se a qualquer currículo baseado em distinções de classe. Defendia a educação técnica e industrial, mas não um vocacionalismo estreito, essas ideias tiveram um impacto posterior na educação, especialmente no que diz respeito à educação tecnológica.
Com base nas ideias de Marx pode-se inferir que educar é um desafio social. Assim sendo, esta prática pode tornar-se um instrumento mobilizador para com a situação atual em que vive a população. É preciso superar uma sociedade voltada à produção aos bens de consumo, que despreza a natureza humana e histórica. O ser humano precisa ser respeitado em sua totalidade, em suas potencialidades, modo de expressão e de pensar, ter o direito a uma educação igualitária baseada em princípios democráticos e não de escravidão.
  Marx propõe uma prática educacional transformadora, onde a escola teria basicamente um duplo papel: 1°- Desmascarar todas as relações sociais (relações de dominação e exploração) estabelecidas pelo capitalismo no âmbito da sociedade, tornando cada indivíduo consciente da realidade social na qual ele está inserido; 2° - Militar pela abolição das desigualdades sociais, pelo fim da dominação e exploração de uma classe sobre outra; Por último, pela transformação da sociedade.


Assim esse sociólogo contribuiu para a educação do homem moderno, em sua teoria educacional, o marxismo, mistura a teoria e a prática e apresenta aos aprendizes a necessidade crucial da atividade racional e um sentido de responsabilidade social necessário para uma existência mais humana.
Entretanto podemos dizer que infelizmente, os princípios estabelecidos por Marx não tem sido utilizados, uma vez que o modelo de educação que temos no Brasil é altamente exclusivo, discriminatório, onde só os indivíduos da classe dominante têm reais chances de alcançar uma melhor posição social no interior de seu grupo.




Educação Politécnica


O conceito de ‘educação politécnica’ foi esboçado inicialmente por Karl Marx, em meados do século XIX. Em outras palavras, pode ser vista como sinônimo de concepção marxista de educação.
Primeiramente, ilustraremos o pensamento marxiano através de uma das passagens mais conhecidas de Karl Marx, retirada das Instruções aos Delegados do Conselho Central Provisório da Associação Internacional dos Trabalhadores, de 1868 (Marx & Engels, 1983, p. 60 – grifos do autor): “afirmamos que a sociedade não pode permitir que pais e patrões empreguem, no trabalho, crianças e adolescentes, a menos que se combine este trabalho produtivo com a educação”.
Então, o trabalho produtivo não pode ser separado da educação; crianças e adolescentes não podem trabalhar se a educação não estiver intrinsecamente interligada. O que fica claro é que a Educação Politécnica sugere formação para o trabalho e transferências para a vida profissional, mas que a educação deve sempre estar em ênfase, com intuito de formar os alunos com conhecimentos amplos intelectuais, corporais físicos e tecnológicos.
O ensino politécnico está sendo desenvolvido desde 2011, quando iniciou a implantação no 1º ano do ensino médio, com a intenção de diminuir a evasão escolar e amplificar o conhecimento dos alunos além das matérias curriculares básicas. Passou-se a utilizar o meio da interdisciplinaridade entre as matérias, tornando-as mais interessantes ao aluno, fazendo aulas mais dinâmicas e interessantes.
Por educação entendemos três coisas:
  1. Educação intelectual – cultura geral
  2. Educação corporal, tal como a que se consegue com os exercícios de ginásticas e militares.
  3. Educação tecnológica, que recolhe os princípios gerais e de caráter científico de todo o processo de produção e, ao mesmo tempo, inicia as crianças e os adolescentes no manejo de ferramentas elementares dos diversos ramos industriais.

Pode-se facilmente perceber a direção de uma educação multilateral preconizada por Karl Marx; seguindo, o autor aponta a finalidade de sua proposta de ‘educação politécnica’: “Esta combinação de trabalho produtivo pago com a educação intelectual, os exercícios corporais e a formação politécnica elevará a classe operária acima dos níveis das classes burguesa e aristocrática”
Nessas indicações, encontra-se o embrião fundamental do trabalho como princípio educativo, que busca na transformação radical da sociedade sua última finalidade. Nesse sentido, os principais vetores da concepção marxista de educação são:
  1. Educação pública, gratuita, obrigatória e única para todas as crianças e jovens, de forma a romper com o monopólio por parte da burguesia da cultura, do conhecimento.
  2. A combinação da educação (incluindo-se aí a educação intelectual, corporal e tecnológica) com a produção material com o propósito de superar o hiato historicamente produzido entre trabalho manual (execução, técnica) e trabalho intelectual (concepção, ciência) e com isso proporcionar a todos uma compreensão integral do processo produtivo.
  3. A formação omnilateral (isto é, multilateral, integral) da personalidade de forma a tornar o ser humano capaz de produzir e fruir ciência, arte, técnica.
  4. A integração recíproca da escola à sociedade com o propósito de superar o estranhamento entre as práticas educativas e as demais práticas sociais.
A dimensão infra-estrutural da concepção politécnica de educação agrega os aspectos relacionados ao mundo do trabalho, especificamente os processos de trabalho sob a organização capitalista de produção, e, conseqüentemente, a questão da qualificação profissional. A questão nodal era, então, procurar esclarecer como as inovações tecnológicas ‘implicariam’ a politécnica, ou seja, em que medida as mudanças nos processos de trabalho estariam contribuindo para a efetivação de uma formação politécnica. Enfim, a concepção politécnica de educação propõe, através de sua dimensão infra-estrutural, a identificação de estratégias de formação humana, com base nos modernos processos de trabalho, que apontem para uma reapropriação do domínio do trabalho, somente possível a partir das transformações tecnológicas.
“o marxismo é a filosofia insuperável do nosso tempo. Ele é insuperável porque as circunstâncias que o engendraram não foram superadas” –, então, somos obrigados a concluir que enquanto houver uma educação marcada pela divisão social do trabalho, haverá inexoravelmente a necessidade de uma concepção de ‘educação politécnica’, isto é, marxista, que àquela se contraponha.

Conclusão


Karl Marx defendia numa educação gratuita e igualitária a todos sem distinção de classes, a qual o objetivo era formar cidadãos críticos e que estavam preparados para as diversas situações e não um individuo alienado que só segue modelo e não cria. Marx defendia a educação tecnicista,  a qual tinha como objetivo preparar o aluno para o mercado doo trabalho, mas de uma maneira  que educação e trabalho estivessem interligados sem um prejudicasse o outro. Portanto a integração entre ensino e trabalho constitui-se na maneira de sair da alienação crescente, reunificando o homem com a sociedade.




Referencias Bibliográficas:

www.pedagogiaaopedaletra.com.br/posts/educacao-critica-karl-marx/
educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/karl-marx-307009.shtml
meuartigo.brasilescola.com › Educação


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